sexta-feira, 13 de junho de 2025

O Impacto Cultural do Futebol na Sociedade Brasileira

Futebol no Brasil: mais que esporte, uma identidade cultural que une e transforma


Beatriz Petrucci Medeiros, 
Enzo Granato Fleischhauer, 
Julia Pereira Oliveira, 
Sofia Ponte Goudouris e
Théo Pires Ponce.
Fonte: mundorh.com.br
Em: 17/09/2024

O futebol no Brasil é muito mais do que um esporte; é uma expressão cultural profundamente ligada à identidade nacional. Introduzido no final do século XIX, o futebol rapidamente conquistou as camadas populares e ganhou um estilo próprio, a “ginga”, que reflete a criatividade e a espontaneidade do povo brasileiro. Além de ser um fenômeno esportivo, o futebol está presente na arte, na música e no cinema, celebrando ícones e histórias que ultrapassam os limites dos campos.

Além de unir pessoas de diferentes classes sociais, raças e regiões, o futebol também teve um papel importante em momentos históricos e sociais do Brasil, como durante a ditadura militar e nos protestos da Copa do Mundo de 2014. O esporte foi usado tanto como ferramenta de resistência quanto de expressão popular, mostrando sua relevância como espaço de debate e mobilização social.


Crianças jogando bola na rua 
Blogdaredação.com
   

Por fim, o futebol continua a moldar a identidade cultural do Brasil e a projetar o país no cenário mundial. Ele é um símbolo de orgulho nacional, reunindo tradições, talento e paixão que inspiram gerações. Mais do que um jogo, o futebol é uma linguagem universal que representa a alma brasileira e fortalece o sentimento de pertencimento do povo.



quinta-feira, 12 de junho de 2025

Carlo Ancelotti é o novo técnico da seleção brasileira

Com passagem vitoriosa pelos maiores clubes da Europa, Carlo Ancelotti assume o comando da Seleção Brasileira visando a conquista da Copa do Mundo de 2026.


Beatriz Petrucci Medeiros,
Enzo Granato Fleischhauer,
Julia Pereira Oliveira, 
Sofia Ponte Goudouris e
Théo Pires Ponce.
Fonte: ge.globo.com
Em: 12/05/2025

A CBF anunciou que Carlo Ancelotti será o técnico da Seleção Brasileira até o fim da Copa do Mundo de 2026. O treinador italiano assumirá o comando da equipe a tempo da próxima Data Fifa.

Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro  afirmou Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

Sem técnico desde a saída de Dorival Júnior, em março, a Seleção Brasileira enfrentará Equador e Paraguai na próxima Data Fifa, em junho. O próximo jogo será no dia 5 de junho, contra o Equador, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026. Atualmente, o Brasil está em quarto lugar na tabela de classificação, com 21 pontos, enquanto o Equador ocupa a vice-liderança, com 23 pontos.

Carlo Ancelotti em coletiva como novo técnico da Seleção Brasileira.
InfoMoney.com

Em seguida, no dia 10 de junho, às 21h45, o Brasil enfrentará o Paraguai na Neo Química Arena. Os paraguaios estão na quinta colocação, com os mesmos 21 pontos da Seleção Brasileira.

Ancelotti se reunirá com Rodrigo Caetano, coordenador geral das Seleções Masculinas, e Juan, coordenador técnico, para definir a lista ampliada de convocados para os jogos contra Equador e Paraguai. O técnico italiano começa oficialmente seu trabalho na CBF no dia 26 de maio.

Ancelotti com a taça da Champions
The telegraph 

Atualmente com 65 anos, Carlo Ancelotti tem um currículo vitorioso como treinador, tendo passado por grandes clubes como Reggiana, Parma, Juventus, Milan, Chelsea, Paris Saint-Germain, Bayern de Munique, Napoli, Everton e Real Madrid.

Ancelotti é o treinador com mais títulos da Champions League na história: são cinco conquistas, sendo duas pelo Milan e três pelo Real Madrid. Em sua segunda passagem pelo clube espanhol desde 2021, ele conquistou dois títulos da Champions League, dois da LaLiga, duas Supercopas da UEFA, duas Supercopas da Espanha, um Mundial de Clubes, uma Copa Intercontinental e uma Copa do Rei.

Neste domingo, o Real Madrid foi derrotado por 4 a 3 pelo Barcelona, afastando-se da disputa pelo título espanhol. Esse foi o jogo de número 350 de Ancelotti à frente do clube. Com sete pontos de desvantagem para o Barça, o Real ainda enfrentará Mallorca, Sevilla e Real Sociedad antes do fim de LaLiga.

Dez fatos que fazem de Serena Williams um tesouro do tênis e uma mulher admirável

Uma trajetória marcada por conquistas históricas, superação, ativismo e inspiração dentro e fora das quadras.


Beatriz Petrucci Medeiros,
Enzo Granato Fleischhauer, 
Julia Pereira Oliveira,
Sofia Ponte Goudouris e
Théo Pires Ponce.
Fonte: oglobo.globo.com
Em: 07/09/2019

Tenista profissional. Negra. Norte-americana. Segunda maior campeã olímpica da História do tênis. Terceira tenista em toda a História a se manter por mais tempo como a número 1 do mundo. São muitas as conquistas que fazem de Serena Williams um dos maiores tesouros do tênis mundial.


A lenda do tênis "Serena Willians"
oglobo.globo.com


1. 'Dress Code'

Não foi só no tênis que Serena Williams se tornou a número 1. A jogadora fez história após aparecer em uma disputa usando um tutu como forma de protesto à proibição do uso de um macacão feito especialmente para amenizar os impactos do pós-parto em seu corpo.

2. Nova recordista do Grand Slam?

Neste sábado (7 de setembro), Serena terá mais uma chance de vencer o seu 24° torneio deste nível. Se sair vitoriosa, ela se igualará à lendária australiana Margaret Court, destaque nas décadas de 1960 e 1970 e um dos maiores nomes do tênis.

3. 101 vitórias no US Open

Em setembro de 2019, em uma disputa contra a ucraniana Eliana Svirolina, Serena Williams conquistou a sua 101ª vitória no US Open. Com essa marca, ela se igualou à recordista Chris Evert, ex-tenista americana.

4. Vitoriosa aos 17 anos

Em 1999, com então 17 anos, Serena Williams entrou para o seleto grupo das campeãs do Grand Slam ao conquistar sua primeira vitória neste nível de torneio.

5. Duelo de Gerações

A disputa deste sábado (7 de setembro) será histórica, independentemente do resultado. De um lado da quadra, teremos Serena Williams, em busca de novos recordes. Do outro, Bianca Andreescu, de apenas 19 anos, terá a chance de igualar a marca da americana Monica Seles (ex-número 1 do mundo) e se tornar campeã do Slam em sua quarta disputa.

Ainda faltavam nove meses para o nascimento de Bianca quando, em setembro de 1999, Serena Williams, com então 17 anos, conseguiu a sua primeira vitória no Grand Slam.

6. Número 1 no ranking mundial

Serena chegou pela primeira vez à primeira posição do ranking mundial em 8 de julho de 2002. Após passar 290 semanas no topo do tênis mundial, ela se tornou a terceira tenista em toda a história a ficar mais tempo em primeiro lugar no ranking. A sua frente estão Martina Navratilova (332) e Steffi Graf (377).

7. Vitórias acumuladas

Serena tem 280 vitórias em torneios do Grand Slam. Com esse número, se aproxima de Chris Evert (299) e Martina Navratilova (306).

No torneio de Wimbledon, ela tem 79 vitórias, em 89 jogos disputados, ficando atrás apenas de Martina Navratilova (120) e Chris Evert (96).

Serena também ganhou 29 de suas últimas 31 finais disputadas. E suas últimas derrotas foram diante de Victoria Azarenka, nos torneios de Cincinnati e Doha de 2013.

8. Medalhas de ouro

Com quatro medalhas de ouro (uma no simples, três em duplas), Serena é a segunda maior campeã olímpica da história do tênis, entre homens e mulheres, apenas atrás de sua irmã Vênus Williams.

9. Gente como a gente

Apesar de todas as suas vitórias e recordes, Serena, que é mãe da pequena Alexia, é gente como a gente e sofre por ter de deixar a filha para ir trabalhar.
"Nunca pensei que seria tão difícil deixar a minha filha sozinha. É complicado deixá-la um minuto sozinha. Dediquei a minha final de Wimbledon a todas as mães que passaram por tantas coisas. Ainda choro em alguns dias. Estou realmente resistente. Tive 11 meses difíceis. Se eu consegui fazê-lo, vocês também podem", disse ela em entrevista à revista Time.

10. Valoriza as conquistas das mulheres negras

Na mesma entrevista, ela afirmou:
"Seria bom reconhecer que as mulheres não devem ser tratadas de maneira diferente. Sou uma mulher negra. As mulheres, no geral, não recebem o mesmo tratamento que os homens que tiveram o mesmo êxito. E eu, por ser uma mulher negra, fazer algo histórico que nunca se tinha feito é indescritível".

Serena Williams em ação, unindo força, elegância e paixão em cada movimento dentro da quadra.
EsportesDP.com


Serena Williams não é apenas uma das maiores atletas da história do tênis, mas também um símbolo de resistência, superação e representatividade. Sua trajetória, marcada por conquistas impressionantes e desafios pessoais, inspira não só os amantes do esporte, mas todas as pessoas que lutam por igualdade e reconhecimento. Como mulher negra e mãe, Serena mostrou que é possível quebrar barreiras, redefinir padrões e deixar um legado que transcende as quadras, fortalecendo a voz e o espaço das mulheres no esporte e na sociedade.


Ítalo Ferreira: o primeiro medalhista olímpico de surf

O brasileiro que fez história ao conquistar o ouro na estreia do surfe nas Olimpíadas


Beatriz Petrucci Medeiros,
Enzo Granato Fleischhauer, 
Julia Pereira Oliveira,
Sofia Ponte Goudouris e
Théo Pires Ponce.
Fonte: jornaldr1.com.br
Em: 13/01/2024


Ítalo Ferreira no pódio olímpico, celebrando o primeiro 
ouro do surfe para o Brasil.
Folha1.com


De origem humilde a ser o primeiro atleta da categoria a conquistar o ouro para o Brasil, Ítalo Ferreira, nascido em Baía Formosa, no dia 6 de maio de 1994, não é apenas um surfista; ele é um ícone, uma lenda viva do surfe brasileiro que deixou uma marca indelével na história do esporte.

O percurso vitorioso de Ítalo começou a se desenhar em 2011, quando, aos 17 anos, venceu o Quiksilver Pro Rio Junior e o Mormaii Pro Junior. Esses títulos foram os primeiros sinais de que ele estava destinado a alcançar os maiores palcos do surfe mundial. Desde então, sua trajetória tem sido marcada por conquistas impressionantes e desafios superados.


Em 2014, Ítalo se destacou ao conquistar o título da SuperSurfe, sendo aclamado campeão brasileiro. Esse feito não apenas consolidou sua presença entre os grandes nomes do surfe nacional, como também lhe abriu as portas para o Qualifying Series, a divisão de acesso ao circuito mundial.

No ano seguinte, em sua estreia no Championship Tour, Ítalo surpreendeu o mundo ao vencer o lendário Kelly Slater, mostrando que estava pronto para competir com os melhores do planeta.

Foi em 2018, no entanto, que Ítalo brilhou com ainda mais intensidade. Ele venceu o tradicional evento em Bells Beach, na Austrália, superando atletas de peso como Filipe Toledo e Gabriel Medina. Ainda naquele ano, triunfou em Bali, vencendo Michel Bourez, e em Supertubos, Portugal, ao bater Joan Duru na final. Seu nome já estava gravado entre os maiores do surfe mundial.

Ítalo Ferreira vibra nas ondas após garantir o ouro inédito
CNN.com

O ano de 2019 foi definitivo para sua consagração. Ítalo Ferreira se tornou campeão mundial da World Surf League (WSL) e, no mesmo ano, conquistou o título da International Surfing Association (ISA), feito inédito para qualquer surfista. Sua vitória nos Jogos Pan-Americanos, mesmo após ter sua prancha furtada, foi uma das provas mais marcantes de sua garra e determinação.

Em 2021, Ítalo atingiu o auge de sua carreira: se tornou o primeiro campeão olímpico de surfe da história, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A competição foi realizada na praia de Tsurigasaki, em Chiba, Japão, e na final ele enfrentou o japonês Kanoa Igarashi, garantindo a medalha de ouro com uma performance impecável. Após a vitória, deu uma entrevista emocionante, onde dedicou o feito à sua avó e à sua família, reforçando a conexão entre suas conquistas e suas raízes.

Mas a história de Ítalo vai além das competições. Em 2023, ele se aventurou pelo universo dos quadrinhos com o lançamento da HQ “Os Caminhos da Lenda”, produzida pela Bridgestone com ilustrações de Renato Cunha. A obra retrata sua trajetória com linguagem acessível e visual envolvente, refletindo também seu amor por arte e música.

De uma infância simples, em que usava tampas de isopor como pranchas, até se tornar um ícone mundial, Ítalo Ferreira é a personificação da resiliência, da força de vontade e da paixão pelo que faz. Sua história inspira não apenas surfistas, mas todos aqueles que acreditam que os sonhos podem se tornar realidade com esforço e coragem.


Comemoração emocionante de Ítalo Ferreira ao lado da equipe após conquistar o primeiro ouro olímpico
ge.globo

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Maior atleta olímpica da história do Brasil, Rebeca Andrade se define: Grandona

Ouro no solo em Paris, a ginasta agora soma seis pódios olímpicos, se tornando a maior medalhista brasileira em todos os tempos. Ela é apoiada pelo Programa Bolsa Atleta desde 2012


Beatriz Petrucci Medeiros, 
Enzo Granato Fleischhauer,
Julia Pereira Oliveira, 
Sofia Ponte Goudouris e
Théo Pires Ponce.
Fonte: gov.com.br
Em: 21/05/2023

Rebeca Andrade é prata no individual geral
ge.globo


Grandona. Foi assim que Rebeca Andrade se definiu depois de conquistar a medalha de ouro no solo da Ginástica Artística, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, e se tornar a maior atleta olímpica da história do Brasil. Ao subir no lugar mais alto do pódio na Arena Bercy, nesta segunda-feira (05/08), Rebeca chegou a seis medalhas olímpicas e ultrapassou Robert Scheidt e Torben Grael, da vela, que somam cinco cada um.

Rebeca agora tem dois ouros, três pratas e um bronze. Em Paris, ela garantiu um ouro, duas pratas e um bronze, quebrando também outro recorde. Com quatro medalhas em uma única edição dos Jogos Olímpicos, ela superou Isaquias Queiroz, da canoagem velocidade, que no Rio 2016 conquistou três pódios.

"Eu estou muito feliz e muito honrada por hoje estar nessa posição, é algo que é muito difícil de ser conquistado. Realmente é uma honra mesmo poder representar. Mostrar que é possível."

Rebeca Andrade, maior medalhista olímpica do Brasil, comentou emocionada:
“A gente treina bastante, luta bastante, bate diversas vezes no quase e às vezes não acontece, né? Então realmente é uma honra mesmo poder representar. Mostrar que é possível.



Rebeca Andrade é reverenciada por Simone Biles e Jordan Chiles no pódio do solo na ginástica artística dos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Brasil 247


Na premiação do solo, Rebeca foi reverenciada pelas norte-americanas Simone Biles e Jordan Chiles, que ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente. As duas se ajoelharam e fizeram um gesto de reverência a Rebeca quando a brasileira foi anunciada como campeã olímpica. A foto rodou o mundo, especialmente porque Biles é considerada a melhor ginasta do mundo.

“A Rebeca é tão incrível. Ela é uma rainha. Foi um pódio todo de mulheres pretas, muito estimulante. E aí falei com a Jordan: ‘Devemos reverenciá-la?’ Com certeza! Ela é tão emocionante de assistir e o público sempre a apoiando. Então era a coisa certa a fazer”, disse Biles.

“Ela é um ícone, uma lenda. Então reconhecer alguém que se dedicou tanto é algo que todos deveriam fazer”, completou Jordan Chiles.

“Elas são as melhores do mundo, então ter uma cena como essa significa muito pra mim, é algo muito grandioso, eu me sinto muito honrada”, retribuiu Rebeca. “A gente já tinha feito isso no Mundial e poder repetir isso agora numa Olimpíada onde o mundo inteiro tá vendo a gente é mostrar a potência dos negros, mostrar que, independente das dificuldades, a gente pode sim fazer acontecer. Ou as pessoas aplaudem ou elas engolem, sabe?”, afirmou a brasileira sobre o pódio formado 100% por ginastas negras.

Antes da final do solo, Rebeca disputou a final da trave, que também teve a brasileira Júlia Soares. Júlia, que foi a segunda a se apresentar, teve uma queda e terminou com a nota 12.333, em sétimo lugar. Simone Biles também caiu e ficou fora do pódio. Rebeca, mesmo sem quedas, somou 13.933, nota que foi insuficiente para garantir uma medalha. A brasileira terminou em quarto, à frente de Biles, que foi quinta.

Apesar da queda, Júlia se despediu dos Jogos de Paris com muito a comemorar:



Rebeca beija a medalha de ouro conquistada nos 
Jogos Olímpicos de Paris 2024
agenciadeatletas.com

“Para mim foi realmente incrível essa competição. Não tem preço que pague entrar na história junto com toda a equipe brasileira. Encararia novamente todos os desafios que enfrentei só para ter esse momento mais uma vez. Estou muito, muito feliz por ter sido finalista na trave na minha primeira Olimpíada", disse a paranaense, que foi bronze por equipes com o Brasil.

Apoiada pelo Programa Bolsa Atleta desde 2012, quando entrou na categoria internacional, Rebeca ajudou a ginástica a fazer uma campanha histórica em Paris. Foram quatro medalhas conquistadas: o ouro e as duas pratas de Rebeca, e o histórico bronze na prova por equipes. Jade Barbosa, Flávia Saraiva, Júlia Soares e Lorrane Oliveira estiveram ao lado de Rebeca na conquista do bronze, todas elas também bolsistas.

“É o que a gente sempre quis, né? Mostrar a nossa capacidade e colocar o nome da ginástica lá no topo. Nós sempre tivemos atletas muito talentosas e, com o passar dos anos, a gente foi conseguindo mostrar tudo isso”, disse Rebeca.

sexta-feira, 6 de junho de 2025

Valencia x Real Madrid é interrompido por racismo contra Vinicius Júnior

Parte da torcida no estádio Mestalla chama brasileiro de "macaco", e árbitro paralisa partida; atacante é expulso após confusão com jogadores adversários


Beatriz Petrucci Medeiros,
Enzo Granato Fleischhauer,
Julia Pereira Oliveira, 
Sofia Ponte Goudouris e
Théo Pires Ponce.
Fonte: ge.globo.com
Em: 21/05/2023



Vinicius Junior reproduz o gesto feito por torcedor do Valencia
Getty Images


Vinicius Júnior foi vítima — mais uma vez — de lamentável episódio de racismo na Espanha. O jogo deste domingo entre Valencia e Real Madrid, pela 35ª rodada do Campeonato Espanhol, foi interrompido no segundo tempo após parte da torcida presente no estádio Mestalla chamar o brasileiro de "macaco". A partida acabou com vitória do Valencia por 1 a 0.

Já havia sido possível ouvir alguns gritos de "mono" (macaco, em espanhol) ao longo do jogo. Mas a situação explodiu aos 24 minutos do segundo tempo.

Numa jogada pela esquerda, Vinicius Júnior foi atrapalhado por uma segunda bola dentro de campo. O atacante do Real Madrid reclamou disso com a arbitragem, e

parte da torcida mais perto do gol do Valencia o hostilizou fortemente com xingamentos racistas.

Vinicius puxou o árbitro Ricardo De Burgos Bengoetxea para denunciar um determinado torcedor atrás do gol. Pelas imagens de transmissão e fotos, é possível ver que outros jogadores, dos dois times, tentam acalmar os ânimos. Caso do lateral esquerdo Gayà, capitão do Valencia. O árbitro então conversou com jogadores e com os técnicos dos dois times, além do quarto oficial. O sistema de som do Mestalla emitiu dois avisos: um de que a partida tinha sido paralisada por causa desse episódio de racismo, e o segundo de que ela só voltaria caso os xingamentos e cânticos fossem encerrados.

Foram cerca de oito minutos entre o início da confusão da segunda bola em campo, passando pela denúncia de racismo, até a retomada do jogo.



O segundo tempo continuou, e por volta dos 48 minutos do segundo tempo, começou mais uma confusão na área do Valencia. O goleiro Mamardashvili partiu para cima de Vinicius Júnior — ambos receberam cartão amarelo inicialmente, e outros atletas foram envolvidos.

Hugo Duro segura Vinicius Junior pelo pescoço durante confusão em Valencia x Real Madrid
Getty images

No meio do empurra-empurra, o atacante Hugo Duro deu um mata-leão no brasileiro, segurando-o pelo pescoço. Ao se desvencilhar, Vinicius acertou o rosto do adversário. Acalmados os ânimos, o VAR chamou Burgos Bengoetxea, que reviu o lance e decidiu expulsar o brasileiro.

Após levar o cartão vermelho, Vinicius Júnior saiu de campo aplaudindo e fazendo gesto com o número 2, em referência ao risco de rebaixamento do Valencia. Integrantes da comissão técnica e jogadores do time da casa foram tirar satisfação. O brasileiro precisou ser escoltado por colegas de Real Madrid.

Isso não é novidade. A falta de respeito ao Vinicius acontece em praticamente todos os estádios da Espanha. Ele é um jogador que temos que proteger, é chave para a nossa liga. Espero que LaLiga consiga protegê-lo —declarou o volante Ceballos. 

LaLiga tinha registrado até o fim de Março oito reclamações na Justiça por racismo contra Vinicius Júnior nesta temporada. A liga espanhola criou em Fevereiro uma comissão específica para lidar com casos relacionados ao brasileiro.

Em nota divulgada após a partida deste domingo, LaLiga declarou que vai investigar os "incidentes" ocorridos no estádio Mestalla. A liga também informou que já solicitou todas as imagens disponíveis para investigar o caso e, caso necessário, vai tomar "todas as medidas cabíveis".

O Valencia, por sua vez, emitiu comunicado condenando "qualquer tipo de insulto, ataque no futebol". O clube se declarou contrário à violência física e verbal nos estádios e lamentou o ocorrido no jogo contra o Real Madrid. Porém, classificou o caso como "episódio isolado" e prometeu tomar "as medidas mais severas" após investigação. Além disso, condenou qualquer ofensa e pediu "respeito máximo" à sua torcida.